O futuro do basquetebol esteve em análise num debate promovido pela Ovarense, que não logrou o seu objectivo de juntar à mesma mesa representantes da Liga e Federação.
A iniciativa pretendia abrir um espaço de diálogo para tentar resolver os problemas que a modalidade atravessa, mas ficou desde logo enviesado com a ausência de Federação Portuguesa de Basquetebol. Apesar de a ausência ter sido justificada com a existência de um evento paralelo, os presentes no debate consideram que tal só confirma "a falta de disponibilidade para o diálogo por parte da Federação."
Uma das conclusões do debate foi a necessidade de criar uma estrutura sólida na Liga "para ultrapassar esta fase menos boa", sendo do entendimento de todos que só este organismo deve promover provas profissionais. Os presentes insurgiram-se ainda contra a concorrência desleal interna que é o campeonato (Proliga) promovido pela Federação e prometem um "combate político" nas mais variadas instâncias para alterar essa situação.
Em causa está o facto de clubes profissionalizados poderem competir em provas "ditas amadoras", e no caso do Benfica, que abandonou a Liga, com o terceiro maior orçamento de todos, beneficiando desta situação aos mais variados níveis. Os clubes profissionais sustentam que pagam seguros, deslocações, contratos de trabalho e vistos aos seus atletas estrangeiros, enquanto as equipas nas provas amadoras recebem comparticipações e inscrevem atletas como turistas ou estudantes.
Os elementos presentes acordaram ainda na necessidade de alterar a actual omissão na legislação, considerada permissiva, no sentido de penalizar os clubes que abandonem a Liga, sem que lhes seja imposta qualquer sanção.
"Há clubes que não jogam manifestamente com as regras de forma clara", foi uma das conclusões retiradas do debate, moderado por António Ferreira, onde foi ainda expresso o desejo de promover até à exaustão a via do diálogo com a Federação.
Os presentes defendem que a Liga, após um grande esforço inicial, está a perder força e alertam para a necessidade de repensar o modelo e criar uma estrutura que pense no basquetebol 24 horas por dia.
O debate abordou ainda a vertente empresarial relacionada com a modalidade, que abrange os patrocinadores, investidores e transmissões televisivas, no sentido de conferir ao basquetebol uma posição mais competitiva.
Retirado de Infordesporto
domingo, 7 de outubro de 2007
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