sábado, 13 de outubro de 2007

Fausto Correia é sepultado hoje

"O último adeus a Fausto Correia Cerca de 15 minutos em profundo silêncio marcaram a chegada da urna de Fausto Correia ao hangar do aeroporto de Figo Maduro, ontem, em Lisboa, por volta das 21h45. Mais de uma centena de familiares, amigos e colegas de partido ali ficaram durante algum tempo a homenagear o eurodeputado socialista de Coimbra que morreu na última terça-feira, em Bruxelas, vítima de um ataque cardíaco.
Jaime Gama, Manuel Alegre, António Campos, Laurentino Dias, Luís Amado, Edite Estrela, Capoulas Santos, Jardim Fernandes, António Saleiro, Paulo Campos, Vítor Baptista, Carlos Beja, Luís Vilar, Manuel Antão, Eduardo Tenreiro, Manuel Machado, Carlos José Valério e Vieira Lopes eram alguns dos seus colegas de partido presentes naquela primeira homenagem que reuniu cerca de uma centena de pessoas. Daniel Sanches, o antigo ministro e actual presidente da Casa da Académica em Lisboa, era outro dos presentes.
A urna seguiu depois, pela auto-estrada, até Coimbra onde chegou pouco depois da uma hora da madrugada, ao Pavilhão da Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol, onde se realizaria o velório. À sua espera estava cerca de meio milhar de pessoas que em silêncio, mas ao mesmo tempo com muita emoção, receberam o seu amigo, vizinho, colega de partido ou simples conhecido.
Ao contrário do que se chegou a admitir (provavelmente devido à hora), não se realizou qualquer cerimónia maçónica à chegada do corpo a Lisboa. Ao que apurámos, é ainda possível que hoje, pelas 14h00, Fausto Correia seja homenageado pelos seus “irmãos” da Maçonaria numa cerimónia a realizar no próprio pavilhão da Solum. Às 15h00, terá início a cerimónia fúnebre, em que estão previstas as intervenções de Rui de Alarcão, Manuel Alegre e António Arnaut. Três grandes figuras de Coimbra e do país que vão assim homenagear o seu amigo, colega e “irmão”. Segue-se o cortejo fúnebre que passará ainda pela sede do Partido Socialista, na rua Oliveira Matos, antes de se dirigir para o Cemitério dos Olivais.

Do jornalismo à política

Nascido de Coimbra, em 1951, Fausto Correia licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra e repartiu a sua vida entre o jornalismo e a actividade política. Como jornalista integrou os quadros do “República”, foi um dos fundadores do diário “A Luta” e delegado da ANOP em Coimbra. Fez parte dos conselhos de administração da Rádio Difusão Portuguesa e foi vice-presidente da direcção-geral da Agência Lusa. Foi ainda presidente da Académica/OAF. No próximo ano, Fausto Correia assinalaria 40 anos de vida ligados à política. Foi presidente do PS Distrital, deputado socialista e Secretário de Estado em diferentes legislaturas. Era, agora, eurodeputado. A sua vida cívica foi também muito preenchida ocupando diferentes cargos em diversas associações ou instituições. Todavia, o “bichinho” do jornalismo foi algo que nunca perdeu. Era o director do semanário “O Despertar”, jornal que na sua edição de ontem, toda a preto e branco, o homenageou. Algo cansado da política, como os amigos admitem, se calhar era no jornalismo, um dos seus primeiros amores, que iria encontrar um Porto de Abrigo para a fase pós-Bruxelas."


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