quarta-feira, 14 de maio de 2008

Desenvolver o minibásquete, que estratégias? (7)



Opinião

San Payo Araújo

Director-técnico do Comité Nacional de Minibásquete




As pessoas são o maior capital de qualquer projecto

Para finalizar esta minha sequência de textos sobre o tema “Desenvolver o minibásquete, que estratégias”, quero referir que não há soluções mágicas. Não devemos estar sempre à espera que nos indiquem o caminho as soluções. Os textos publicados não passam de sugestões que partem sempre do mesmo princípio: no minibásquete o fundamental é a criança. Como já referi não há apenas um caminho, existem vários. Quando pensamos que encontramos todas as soluções, surge sempre mais uma hipótese, pelo que todas as opções e caminhos são legítimos desde que tenham consistência, coerência interna e apresentem resultados.
Num breve resumo dos textos anteriores poderemos dizer que para o desenvolvimento de um projecto de minibásquete é necessário:
- Compreender quais são as fontes de financiamento;
- Perceber que sem investimento não há desenvolvimento;
E levar em consideração que:
- Eventos de qualidade são pólos de mobilização;
- Não existem projectos sem comunicação;
- Tudo depende do contexto;
- As pessoas são o maior capital de qualquer projecto;
Os problemas de fundo da formação desportiva, nomeadamente das suas etapas iniciais, passam por um conjunto muito alargado de circunstâncias, que estão há muito identificadas, mas que não são fáceis de modificar. Passam, como já referi e salvo melhor opinião, pela organização da actividade escolar, nomeadamente programas e horários, pelas opções de quem gere as fontes de financiamento das actividades desportivas, estado, autarquias, federações, associações, clubes, etc., pela organização e racionalização dos recursos existentes e pela qualidade dos seus agentes: dirigentes e técnicos.
Para mim ter consciência que na base de todo este processo está a criança e o seu desenvolvimento é decisivo para que possamos influenciar quem decide. Os problemas de fundo são difíceis de resolver, mas não imutáveis. Proceder à sua modificação implica alterar atitudes e comportamentos, o que é sempre o mais difícil. Contudo, ter consciência real dos problemas é o primeiro passo para a sua resolução. As respostas, não havendo capacidade de grandes transformações, encontram-se nas pequenas tomadas de posição que pouco a pouco vão possibilitando a mudança.

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