domingo, 4 de maio de 2008

Arbitragens cá e lá...

Opinião

Assistimos, na passada quinta-feira, ao jogo decisivo entre Olivais e Desportivo da Póvoa, que ditou a segunda equipa classificada para a fase final do "Nacional" de Sub-16 Femininos (a outra vaga já estava ocupada pelo Esgueira). As "poveiras" venceram por 39-47. Frente a frente duas equipas com a lição bem estudada, nomeadamente em termos defensivos, que disputaram intensamente os 40 minutos, acabando por vencer a que melhor lidou com o nervosismo e com a ansiedade próprias de um jogo de "tudo ou nada", fruto certamente de estar mais rotinada e habituada a momentos decisivos como este. Apesar de derrotado, o conjunto olivanense, liderado por Cristina Viegas e Rafaela Santos, deve ser parabenizado pela excelente época realizada e que certamente abrirá novas e excelentes perspectivas para o futuro.
Este texto, no entanto, pretende referir-se à arbitragem. Não em concreto à actuação de Nuno Albuquerque e Pedro Simões, mas precisamente porque o bom trabalho que realizaram, sempre com preocupação de serem juízes verdadeiramente isentos (faceta que nunca é demais elogiar aos árbitros do distrito), nos trouxe à ideia as arbitragens caseiras e tendenciosas que todos os anos "vitimam" equipas do distrito por esse país fora (os últimos relatos chegaram de Tortosendo, onde as equipas de Sub-19 Femininos e Sub-14 Masculinos da PT foram "impedidas" de chegar à vitória).
Chegada esta altura da época, no "deve e haver" dos resultados obtidos, seja "por cima" em relação a apuramentos falhados para fases finais nacionais, seja "por baixo" relativamente a vagas que se perdem nos "Nacionais", o "peso" das arbitragens é sempre decisivo e muito penalizador para as equipas do nosso distrito. Hoje, como ontem...
Clubes, equipas, dirigentes, treinadores, jogadores, adeptos, merecem muito respeito pelo esforço diário e até, tão somente, por gostarem e se dedicarem a esta nossa modalidade que é o basquetebol. E merecem (e exigem), sobretudo, uma palavra de grande firmeza por parte da Associação de Basquetebol Coimbra junto de quem de direito, neste caso a Federação Portuguesa de Basquetebol e o respectivo Conselho de Arbitragem (que já se comprometeu a acabar com as arbitragens caseiras - urge que o faça!).
E pronto. Não é "politicamente correcto", mas está escrito... E dito...

PS: já depois de escrito e publicado este texto, tivemos conhecimento das queixas apontadas à arbitragem pela equipa de Sub-19 Femininos da Académica, no jogo decisivo que ontem disputou no campo do Académico do Porto (que guindou a equipa portuense à fase final nacional). Ou seja, mais uma equipa do distrito que é "impedida" de chegar mais longe. Neste caso a situação é ainda mais "ingrata" dado que os juízes que dirigiram o jogo, Paulo Sousa e Liliana Oliveira (nome familiar...), são ambos "Nacionais", estão "lançados" na carreira da arbitragem e a ambos têm sido dadas muitas oportunidades.
Que terá a dizer sobre isto o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Basquetebol? Pergunta vã, escrita num blogue... Pergunta forte, se colocada directa e formalmente pela Direcção da Associação de Basquetebol de Coimbra...
Devia colocá-la. Deve colocá-la! É que também por aqui, pela questão das arbitragens, o distrito de Coimbra é menos forte em relação a outros. Tem sido menos forte, ao longo dos anos...

9 comentários:

Anônimo disse...

Já agora, uma vez que parece que é moda no pavilhão dos Olivais.
Será que todos os jogos têm de ser interrompidos porque os árbitros acham por bem que uma pessoa não pode manifestar-se contra eles na bancada?
Será que estão imunes a erros?
Será que se um atleta falha um lançamento na passada pode ouvir umas bocas da bancada e um árbitro se apita mal não pode?
Será aceitável que num jogo de cadetes femininas se separem os adeptos dos dois clubes?
Será aceitável que se interrompa um jogo para mandar calar um pai?
Será aceitável interromper um jogo decisivo do distrital de sub-20 porque alguém na bancada os chamou de "gatunos"?
Isto aconteceu já por algumas vezes no pavilhão do Olivais. Do que tenho visto não acontece noutros pavilhões. É porque as bancadas estão mais perto do campo do que noutros pavilhões?

Nós vamos jogar a N clubes por esse país fora e somos chamados de FDP para cima. Será que temos também autoridade para pedir ao senhor que está na bancada para, se faz favor, se calar porque está a ofender as nossas mães, sob pena de não lançarmos mais ao cesto? Não. Temos de jogar e tentar ser adultos ao ponto de ser superiores a isso (e acima de tudo saber encaixá-las).

Os árbitros de Coimbra, têm de entender que as pessoas vão aos pavilhões para ver os atletas, não a eles. O problema dos árbitros de Coimbra não é quererem ser isentos, é terem a necessidade de intervir no jogo só porque lá estão. Como querem intervir demais, quando não há faltas para apitar, mandam calar a bancada. Quando a bancada está calada, apitam 50 faltas por jogo...

É só.

Mr O

Anônimo disse...

Só ressalvar que, no jogo em apreço, um adepto do Desportivo da Póvoa entrou dentro do campo e os árbitros não poderiam deixar de zelar pelo bom funcionamento do jogo até final. Foi o que fizeram.

BasquetebolPTCoimbra disse...

Não estarão demasiado elevadas as espectativas dos clubes de Coimbra?
de qualquer forma... viva o basquetebol!

Anônimo disse...

Talvez, mais cá "para cima". Mas não me parece expectativas elevadas a PT, em Sub-19 Femininos, querer legitimamente ficar à frente do Unidos do Tortosendo e, assim, garantir uma vaga no Campeonato Nacional. Não estivemos em Tortosendo, mas pelos relatos que ouvimos foi... mau demais. Referimo-nos À ARBITRAGEM. Há que falar no assunto, se não aqui ou noutro espaço do género, pelo menos nos locais próprios.

jcv disse...

pior do que as manifestações é o comportamento dos intervenientes. Uma jogadora do Póvoa caiu mal e torceu o pulso. De imediato a todo o vapor e vindo de não sei da onde, um indivíduo salta para o recinto de jogo, dirige-se à jogadora e ... barafusta com os árbitros. Estes viram as costas, dirigindo-se à mesa. Não pode ser considerada uma invasão de campo? evidentemente que tudo isto resultou numa confusão na bancada. Uma parente da padeira de aljubarrota oriunda da Póvoa agride um adepto do olivais. Confusão armada! Árbitros? Param o jogo. Que forma tão estranha de reagir, quando minutos antes um D' Artagnan vindo da banda desenhada in vade o campo e questiona-os!
Enfim! Enfim!
JCVAZ

Sandra * disse...

Primeiro quero dizer que os árbitros estiveram muito bem no jogo..Há muitos poucos jogos que os árbitros arbitram tão bem quanto neste jogo.

Achei bem terem parado o jogo quando o pai da atleta saiu da bancada e foi para o campo, pois é considerado como invasão de campo. Pararam o jogo e apenas pediram dois seguranças.

Após este incidente e quase a recomeçar o jogo, um senhor da claque do Olivais decide bater na senhora (mãe da atleta magoada), após troca de palavras acesa. os árbitros mais uma vez e bem, pararm o jogo, já que estas duas pessoas começaram à porrada e não havia condições para recomeçar o jogo.

Ligaram à polícia e esperaram por ela; mas esta disse que se fosse intervir no pavilhão teriam que levar alguém com eles. Visto que já nenhum dos senhores se encontravam no pavilhão, por razões diversas, os árbitros juntamente com os treinadores decidiram que o melhor era separar as claques para não voltar a haver incidentes ou em última hipótese teriam que continuar o jogo à porta fechada.

Será que podemos dizer que os árbitros agiram mal?!
Não me parece...


É triste falarem mal dos nossos árbitros, quando lá fora, somos roubados à força toda...somos roubados quando o jogo é decisivo, principalmente. Quando num jogo se pode decidir quem passa para a fase seguinte ou não.

É triste falarem mal dos nossos árbitros, quando tive oportunidade de ouvir a claque da Póvoa a dizer que os árbitros tinham arbitrado muito bem, sem favorecer nenhuma das equipas.


Deixo um alerta, façam alguma coisa com a arbitragem fora de Coimbra. É urgente que isso aconteça, pois caso não se faça nada as nossas equipas continuarão a "morrer na praia" por causa de dois indivíduos que deveriam ser imparciais e fazer apenas o seu trabalho, já que são pagos para isso.

Anônimo disse...

Se o Póvoa tivesse perdido, duvido que os seus adeptos dissessem algo do género daquilo que a Sandra comentou.

O mal das arbitragens não é só exterior a Coimbra. É mais um problema do distrito, que só será resolvido, como tudo o resto, quando as pessoas decidirem fazer alguma coisa por isso (e as que podem parecem continuar desinteressadas... ou interessadas noutras coisas), ao invés de apenas se falar nisso em "conversas de bar".

São, no mínimo, estranhas algumas nomeações para jogos decisivos, tanto em jogos dos distritais como nacionais [embora não me refira especificamente ao jogo Olivais-Póvoa].

Tójó

Anônimo disse...

Relembrar só que o último jogo do Inter-Associações Cadetes Femininos,da época passada, que atribui a vitória desta Competição ao Olivais e que se disputou no Norte, foi a partir dos 3 minutos de jogo á porta fechada. O facto deve-se a um assistente ter insultado o árbitro e este decidiu colocar todos os espectadores na rua. LMG

Anônimo disse...

Caríssimos

Concordo com a Sandoxaaa no "lá fora, somos roubados à força toda..." mas olhe que não é só fora do nosso distrito (aqui o "somos" não é de todos)...

Agora o "Deixo um alerta, façam alguma coisa com a arbitragem" tem todo o meu apoio.

Enquanto não tivermos também (à parte de outras) a política distrital que os árbitros são uma equipa importante no jogo e por isso precissam de ter muita qualidade e não escondermos esta questão da -qualidade- debaixo de desculpas de falta de quantidade, não conseguiremos andar em frente no basquetebol distrital.
É preferível poucos mas bons, do que muitos e fracos.
A avaliação é importante! Mas tem que produzir efeitos, caso contrário não iremos nunca a lado nenhum no basquetebol em Coimbra. E sem arbitragem com qualidade não vamos lá de certeza.

Sugestão: Muito mais formação!
Não estou a falar de formação de novos árbitros,
mas sim dos que existem no Distrito de Coimbra.
Formação a sério! Formação bem feita, que envolva os árbitros do distrito de Coimbra. Não reuniões mais ou menos informais... E já agora, não se esqueçam que nesta formação deviam incluir a forma como os árbitros devem falar com os intervenientes no jogo: atletas, treinadores e tecnicos. Porque já vi que chegue do que preferia não ter visto...

Pensem nisso ...
Tudo pelo basquetebol!

Maria