"Gosto imenso de ouvir isso, pois, é sinal de que não têm dúvida de que somos sérios. Se lá fora, é para a equipa da casa e aqui é para as duas, ao menos, a seriedade é-nos reconhecida. Fico muito contente cada vez que oiço isso."
Sérgio Adegas, árbitro filiado no Conselho de Arbitragem Distrital da Associação de Basquetebol de Coimbra, em entrevista ao Diário de Coimbra (12/03/08) respondendo à seguinte pergunta: "Uma provocação. Muitos dos nossos agentes desportivos afirmam que quando jogam fora, em caso de dúvida, os árbitros de lá decidem pelos da casa, e que em Coimbra isso não acontece. Quer comentar?"
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9 comentários:
Pois em Coimbra apitam pelas equipas de fora. Ou seja as equipas de Coimbra são prejudicadas duas vezes.
Caro/a MRF
O sentido do post não é esse. Os árbitros de Coimbra procuram ser isentos e, nesse aspecto, só devemos elogiá-los. Já o fizemos neste blogue e continuaremos a fazê-lo, até porque se trata de um sector importante e vital para a modalidade.
O que me parece é que faltou da parte do Sérgio Adegas, que além de árbitro tem outras responsabilidades no CAD, uma palavra de firme repúdio para com as arbitragens caseiras que continuam a verificar-se por esse país fora, sabendo-se inclusivamente quais os pavilhões onde é "fatal" que isso venha a contecer (esta época como há quinze ou vinte atrás). A ideia que dá é que os responsáveis continuam a "assobiar para o ar", como se nada acontecesse, e enquanto isso vão chegando relatos de resultados "fabricados", sempre muito penalizadores para as equipas que os sofrem.
Urge que as Associações (neste caso a ABC) e a Federação tomem medidas para resolver de vez este "problema".
Aproveito este post para criticar (discutir com sentido crítico) uma outra afirmação que o mesmo entrevistado faz no jornal de hoje, em que diz que tem " dificuldades em aceitar que existem pessoas que entendam o jogo de iniciados como a coisa mais importante do mundo" e que os àrbitros têm "dificuldades em fazer passar a mensagem de que" estão lá "com o principal objectivo de garantir a verdade do jogo, ajudando a divertir quem joga".
Ora, se calhar a dificuldade em passar essa mensagem deve-se precisamente ao facto de não darem ao jogo de iniciados a mesma importância que dão a qualquer outro jogo (como se pode retirar da afirmação aqui transcrita). Tal como em qualquer outro escalão, são muitas as pessoas que trabalham afincadamente ao longo de centenas (!!!) de horas para serem a cada dia melhores do que eram. Chegar ao fim-de-semana e ver os resultados viciados por causa de 10 minutos (não é preciso mais que isso) de "batota" (como referia o responsável do Clube PT num comentário a um post mais abaixo), deixando desta forma miúdos com uma estrutura mental diferente dos adultos (mais sensíveis), natural da própria idade, a chorar em pleno jogo por causa do que se está a passar vai influenciar a sua forma de pensar para toda a vida. Não só a mensagem que os àrbitros querem que passe nunca vai passar, como dificilmente algum desses miúdos irá ter vontade de ter alguma coisa a ver com a arbitragem, no futuro.
A reflectir!
S.M.
Não está em causa o sentido do post. A causa está os apuramentos nos Nacionais, os jogos em casa são de extrema importância, fora não há duvidas que é a favor da equipa da casa, aqui também não tenho dúvidas que é sempre contra a equipa da casa para se ser "isento". No ano passado por se querer ser "isento", uma equipa de Coimbra não esteve na Final Four Nacional.
Importa-se de repetir?
Eu repito então o que disse em 3 de Dezembro do ano passado mas agora em versão de uma história já muito antiga com adaptação à realidade de hoje :
" O Velho, a Criança e o Burro "
Todos nós conhecemos esta história pois certamente nos foi contada pelos nossos pais e avós como forma de entretenimento familiar ( era o tempo em que os telemoveis,a internet e a PSP era algo perfeitamente dispensavel pois ainda não tinham substituido o velho conceito do serão em fammilia). Mas como inserir esta história no contexto do basquetebol?
Vou tentar contextualizar então:
Distrital de Sub-14 Femininos
dia 2 de Dezembro de 2007
Olivais-Académica (domingo, às 11H30, no Pavilhão Eng. Augusto Correia, em Coimbra – arbitragem de Sérgio Adegas e Nuno Albuquerque)
Resultado deste encontro ( 21-119 )
Tinhamos então reunidos alguns elementos da história inicial, o Velho(os árbitros)(e velho apenas no sentido de que eram os mais velhos em idade)
a Criança(todas as atletas envolvidas neste encontro)
mas....faltava um e sem esse um seria impossivel reproduzir com rigor a história completa!
Mas eis senao quando,um dos actores que representava o papel de velho(em idade,insisto)se virou para a plateia e fruto de uma ideia algo bizarra mas que acabou por resultar face à desesperante ausencia do elemento em falta, disse: Você é um Burro!
E pronto! Uma vez reunidas as personagens desta história deliciosa o final é conhecido pelo que nao o irei detalhar aqui mas fica a ideia de como no basquetebol, e com um pouco de imaginação tudo pode acontecer, até encontrar um "burro " numa bancada de pavilhao desportivo.
Abraço
F
Nota pessoal : Os árbitros do distrito de Coimbra nao sao melhores nem piores do que os outros, quanto muito iguais (tecnicamnete ) mas quando arbitram jogos de escalões jovens a margem que têm para errar ´deve ser bem menor do que a dos atletas envolvidos porque em ultima instancia a arbitragem tem um custo (irrelevante se é muito ou pouco)e quem é pago para desenvolver um trabalho (e nao me recordo que a arbitragem seja uma prestação de serviço grátis bem como que,os arbitros sejam obrigados a ser arbitros)têm obrigatoriamente que prestar um serviço com qualidade sendo que, na qualidade deve estar incluida tambem algo que nao se medindo se sente: Saber Ser...Saber Estar....Saber Sentir!
F
Caro/a SM
Confesso que também não me agradou muito essa afirmação do Sérgio Adegas. Considero até que o espírito que ela veicula é extremamente limitador de todo o desenvolvimento do basquetebol distrital. Porque o problema da modalidade no distrito não está em que haja jogos, ainda que de Iniciados, onde uma ou as duas equipas têm espírito competitivo e os encaram com clubite ou campeonite (leia-se vontade de ganhar); o problema do basquetebol distrital está no facto de a grande maioria dos jogos serem realizados sem "sal", antes sejam uma completa "sensaboria", sem alegria, sem entusiasmo, sem espírito competitivo, sem vontade e prazer de se lutar pela vitória, sem público, sem um pouco da tal campeonite e clubite. Em suma, sem "despique" e sem aquela competição que dizemos que os outros distritos têm e o nosso não. Está na altura de fazermos com que o nosso passe a ter, em vez do habitual discurso do "choradinho": não temos isto, não temos aquilo...
Aproveito para emitir a minha opinião de que o Sérgio Adegas é um excelente árbitro. Poderá errar, como qualquer pessoa, mas parece-me que sabe apitar muito bem, e que poderia muito bem estar num nivel mais elevado. Se calhar ainda bem que não está, pois acho óptimo vê-lo apitar jogos de jovens, tendo o cuidado de explicar as coisas, e dando boa disposição e leveza ao jogo.
Digo isto não para "dar graxa", mas porque é o que acho. Acho também que em Coimbra não somos nenhuns coitadinhos, e que trabalhando bem estamos ao nivel das outras terras, como o Adegas o está.
Já que o tema é arbitragem, acho que todos temos de aceitar que os árbitros também errem, pede-se é que errem pouco, e que façam acções de formação para melhorar.
Em Aveiro e no Porto tenho visto boas arbitragens, o que no meu tempo de jogador( há 20 e tal anos atrás) não era tão frequente como isso. Ouço que em Viseu, Covilhã, Vila Real por vezes tem-se "pouca sorte" com os árbitros. E em Coimbra por vezes parece que os árbitros penalizam um pouco as equipas da casa, talvez com receio de serem chamados de caseiros.
Não se pode é ver os árbitros como acontecia nos jogos de futebol há 20 anos: entravam em campo antes do jogo começar e logo aí toda a assistência já vociferava: "bandido!", "filho da!","chulo!".
Acredito que todos juntos conseguimos ter uma postura mais positiva, e corrigir as coisas que estejam menos bem, ou mal.
Que cada um faça a sua parte.
Caro Miguel Cunha
Totalmente de acordo quanto à qualidade do árbitro Sérgio Adegas e à satisfação de vê-lo dirigir jogos dos escalões mais jovens. Simplesmente achamos que ele devia ter ido um "bocadinho" mais longe e repudiar esse tipo de arbitragens que, como dizes, trazem "pouca sorte" às equipas visitantes.
"Fico muito contente de ouvir isso"
Esta frase denota a falta de cultura neste ser que já me tinha parecido mas agora fiquei com a certeza, que pensa que é dono da verdade e é melhor e superior a tudo e a todos. Se não fica desagradado com o facto das equipas do seu distrito serem prejudicadas por "colegas" então é porque não tem amor ao basquetebol nem respeito por quem joga.
FM
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