quarta-feira, 18 de junho de 2008

E depois do Minibásquete... Que soluções? (5)


Opinião

San Payo Araújo

Director-Técnico do Comité Nacional de Minibásquete





O que se pretende?

Se nesta altura das minhas propostas, há quem já tenha pensado que eu me excedi nas minhas sugestões, é melhor não lerem o que vem a seguir, com a certeza, porém, que terminarei esta série de textos explicando a experiência bem sucedida, que já referi, entre 1998 e 2000 em Lisboa. Grande parte, não a totalidade, do que vai ser sugerido já foi testado.
A semana passada abordei o quadro competitivo; hoje vou falar das regras do jogo para os Sub-13 Infantis.

Regras do jogo

Constituição das equipas
As equipas são compostas no máximo por 10 jogadores (Sub-13 ou Mini-12). Esta é uma forma de dar tempo de jogo aos Sub-13, que podem jogar evidentemente no seu escalão oficial, os Sub-14 e dos Mini-12 mais evoluídos, sem ficarem vinculados ao escalão de cima, poderem experimentar as suas capacidades.

Campo e tabelas e bola
O jogo é jogado com bola n.º 5 em campo oficial, podem ser campos transversais, e tabelas altas (3.05)

Tempo de jogo e utilização dos jogadores
O jogo é jogado em 5 períodos de 8 minutos (total 40 minutos), com um intervalo de 1 minuto no final do 1.º, 2.º e 4.º período e um intervalo de 5 minutos entre o 3.º e o 4.º. Cada jogador terá de jogar até ao 4.º período obrigatoriamente 2 períodos. Jogam 5 + 5, novamente 5 + 5 e no último período jogam 5 jogadores indicados pelo treinador.

Substituições e descontos de tempo
Só há substituições e descontos de tempo, um para cada equipa, no 5.º período.

Defesa e regras dos três segundos defensivos
É obrigatória a defesa individual, contudo o árbitro não tem que avaliar esta situação, apenas tem que aplicar a regra dos 3 segundos defensivos. Esta regra diz que um jogador que está a defender, não pode permanecer dentro da área restritiva mais do que 3 segundos se não está a defender estritamente um atacante. Neste caso o árbitro assinala 3 segundos defensivos e o jogo segue com 2 lances livres executados pelo jogador que tinha posse de bola nesse momento e reposição de bola no ponto médio da linha lateral pela equipa que estava a atacar.

Reposição da bola após violações
Como o objectivo é que o jogo seja rápido e que os praticantes desenvolvam o tempo de reacção, nas violações, bolas, fora, passos, 2 dribles, etc., os jogadores podem repor logo a bola em campo, não sendo necessário que o árbitro toque na bola.

Restantes regras
Iguais às regras oficiais.

Classificação
Os objectivos desta competição são: proporcionar tempo de jogo nesta fase de transição e fidelizar jovens à modalidade. Nesta perspectiva temos de reconhecer não apenas quem trabalha bem os jovens mas quem consegue mobilizar os jovens e ter equipas bem organizadas. Como conciliar todos estes objectivos, para mim e já o sugeri publicamente em diversas ocasiões, em vez de penalizarmos com uma falta de comparência quem não apresenta um mínimo de 8 jogadores, como acontece no regulamento dos Sub-14, temos que premiar quem consegue ter equipas bem organizadas. Como dando em termos classificativos mais um ponto a que joga com 10 jogadores.
Exemplo prático: A (não apresenta 10 jogadores) vence B que tem os 10 jogadores. Resultado final: A 56-48 B. No entanto para a classificação ambos recebem 2 pontos. A obtém dois pontos da vitória e B um ponto da derrota, mais um ponto por ter jogado com 10 jogadores.

Subjacente a cada uma destas alterações sugeridas, estão evidentemente justificações associadas. Não as expus para não alongar em demasiado o texto e para fazer um apelo a uma reflexão: o que se pretende com estas alterações?

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