Do site da Associação Nacional de Juizes de Basquetebol, retirámos este artigo de opinião da autoria de Sérgio Silva, árbitro dos quadros da Liga Profissional portuguesa:
“A exemplo dos atletas, que semanalmente se preparam para que no dia do jogo se apresentem nas melhores condições, o árbitro deverá, regular e sistematicamente, aperfeiçoar-se nas áreas de treino técnico, táctico, psicológico e físico.Actualmente, os árbitros apenas treinam aspectos estritamente físicos, tais como a resistência, velocidade ou força e para tal usam ténis de corrida, no parque ou no asfalto da rua. Quantos de nós treinam com os ténis que actuam durante os jogos oficiais ou em pavilhões similares aos mesmos? A nível do treino técnico/táctico, limitam-se a estudar as regras, a analisar vídeos e a participar em reciclagens que são quase sempre teóricas. Não treinam aquilo que caracteriza um bom árbitro: a capacidade de rapidamente avaliar (capacidade de observação) e decidir perante a multiplicidade de situações que se lhe deparam em cada jogo (rapidez e certeza nas tomadas de decisão). Pois é…, o árbitro não consegue, ao contrário dos atletas, treinar em situações semelhantes às da competição. O principal ‘treino’ para o próximo jogo foi a arbitragem do jogo anterior…A ideia de que os árbitros são aqueles que se apresentam no local do jogo para arbitrar e, quando o mesmo termina, nada mais fazem até ao próximo jogo, terá que ser totalmente ultrapassada e, para tal, emergem por aí novas ideias quanto à forma como os mesmos necessitam de trabalhar. Grupos de trabalho começam a aparecer, variando na forma e no conteúdo de acordo com as necessidades dos mesmos. O que hoje já se faz nos clinics jovens, é transportar o livro de regras da sala teórica para uma sessão de treino prático, realizada no terreno de jogo, em que os jovens árbitros, na presença de jovens jogadores, treinam arbitrando as situações que ocorrem durante o jogo, tal como as equipas o fazem. Posteriormente analisam as suas prestações em vídeo, com possibilidade de se poderem visualizar, o que para muitos, até então, é único na sua carreira.Pensamos ser este o futuro, acompanhando o progresso que a modalidade nos apresenta e possibilitando a cada vez mais árbitros os indispensáveis mecanismos para a correcta resolução dos problemas com que se confrontam durante os jogos. E o futuro… É já amanhã!”
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