Recentemente estive em Itália numa reunião para técnicos de Sub-14 e Minibásquete das diversas Federações Europeias, promovida pela Comissão de Juventude da Fiba-Europa. Aí pude constatar que diversos países, para minorarem o problema do abandono precoce, resolveram criar competições, com modelos diferentes, mas para todos os anos entre os 13 e os 18. Os Sub-18, Sub-17, Sub-16, Sub-15, Sub-14, Sub-13, masculinos e femininos, da Eslovénia, Lituânia, Letónia e Islândia, países que não tem mais praticantes federados Sub-18 que Portugal, tinham campeonatos nacionais para todos estes escalões. Acima e abaixo destas idades já havia divergências.
Partindo da realidade, já enunciada, que a formação desportiva está nas mãos dos clubes, a aplicabilidade desta solução em Portugal é confrontada, entre outros, com um dos grandes óbices do desenvolvimento da formação desportiva em Portugal: os horários escolares. Na maior parte das regiões do país os treinos, por imperativo dos horários escolares começam entre as 18.30 e as 19.00, facto que para além de conduzir a horários de treino muitas vezes desadequados, também reduz enormemente a capacidade dos espaços de treino. Enquanto não encontrarmos soluções para os problemas de fundo será difícil abandonarmos a última carruagem da Europa. As mesmas soluções resultam, forçosamente, nos mesmos problemas."
Opinião de A. San Payo Araújo
Coordenador do Comité Nacional de Minibasquete
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