quarta-feira, 16 de abril de 2008

Desenvolver o minibásquete, que estratégias (3)



Opinião

San Payo Araújo

Director Técnico do Comité Nacional de Minibásquete



Mais do que acreditar em projectos acredito em pessoas

No actual panorama e conjuntura da formação desportiva federada, nomeadamente no universo do minibásquete, embora conheça pessoas com grande capacidade, empenho e dedicação, não há técnicos a viver desta actividade, nem é previsível que a breve prazo tal possa acontecer. Como tal, torna-se necessário identificar quem longe das luzes da ribalta se dedica ao enquadramento (dirigentes) e ensino do minibásquete (treinadores e animadores), e tentar compreender as suas motivações.
Feito este levantamento, poderão ser desenvolvidas acções que conduzam, por um lado ao reconhecimento destas pessoas e, por outro, procurar estratégias que permitam que as pessoas que se envolvem no minibásquete se encontrem, troquem ideias e experiências.
A este nível os jamborees nacionais, cujo primeiro objectivo é proporcionar a um grupo de jovens uma experiência desportiva e de socialização gratificante, tem-se revelado um momento fulcral no desenvolvimento do minibásquete. Este evento surge no panorama do minibásquete como um espaço privilegiado para a formação dos treinadores e animadores, e um espaço de excelência para a troca de experiências e informação das pessoas que trabalham neste escalão. Permite igualmente que estas se conheçam melhor e não se sintam tão isoladas na sua actividade de treinadores e monitores. A experiência diz-me que muitas das actividades, torneios e eventos que surgiram nos últimos anos têm a sua origem directa e indirecta nesta interacção dos monitores nos jamborees.
O surgimento de uma nova amizade, uma palavra de reconhecimento, um elogio público num site ou num blog, são pequenas acções que têm muitas vezes um valor incomensurável e conseguem mobilizar as pessoas, que são o maior capital de qualquer projecto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sem dúvida nenhuma que (na minha opinião) o reconhecimento é o principal prémio que as pessoas que estão ligadas ao basquete pela paixão que têm pela modalidade podem receber.
Gestos simples podem, certamente, fazer a diferença entre o "ir aos treinos" e o "ir para os treinos", etc, etc. E, neste caso, não me refiro, naturalmente, aos jogadores.

É pena que a dedicação e a competência sejam muitas vezes negligenciadas por parte das outras partes (e mais uma vez não me refiro aos atletas, nem tão pouco aos pais dos mesmos). Sem dúvida que isso se traduz, depois, na qualidade da formação, no nosso basquetebol.